quinta-feira, 1 de novembro de 2007

A IRA DE DEUS - A. W. PINK

A Ira de Deus
por
Arthur W. Pink
É triste ver tantos cristãos professos que parecem considerar a ira de Deus como uma coisa pela qual eles precisam pedir desculpas, ou, pelo menos, parece que gostariam que não existisse tal coisa. Conquanto alguns não fossem longe o bastante para admitir abertamente que a consideram uma mancha no caráter divino, contudo, estão longe de vê-la com bons olhos, não gostam de pensar nisso e dificilmente a ouvem mencionada sem que surja em seus corações um ressentimento contra essa idéia. Mesmo dentre os mais sóbrios em sua maneira de julgar, não poucos parecem imaginar que há na questão da ira de Deus uma severidade terrificante demais para propiciar um tema para consideração proveitosa. Outros dão abrigo ao erro de pensar que a ira de Deus não é coerente com a Sua bondade, e assim procuram bani-la dos seus pensamentos.
Sim, muitos há que fogem de visualizar a ira de Deus, como se fossem intimados a ver alguma nódoa no caráter divino, ou algum defeito no governo divino. Mas, o que dizem as Escrituras? Quando a procuramos nelas, vemos que Deus não fez tentativa alguma para ocultar a realidade da Sua ira. Ele não se envergonha de dar a conhecer que a vingança e a cólera Lhe pertencem. Eis o Seu desafio: "Vede agora que eu, eu o sou, e mais nenhum Deus comigo; eu mato, e eu faço viver; eu firo, e eu saro; e ninguém há que escape da minha mão. Porque levantei a minha mão aos céus, e direi: Eu vivo para sempre. Se eu afiar a minha espada reluzente, a travar do juízo a minha mão, farei tornar a vingança sobre os meus adversários, e recompensarei aos meus aborrecedores"(Dt.32:39-41). Um estudo na concordância mostrará que há mais referências nas Escrituras à indignação, à cólera e à ira de Deus, do que aos Seu amor e ternura. Porque Deus é santo, ele odeia todo pecado; e porque ele odeia todo pecado, a Sua ira inflama-se contra o pecador. (Sl.7:11).
Pois bem, a ira de Deus é uma perfeição divina tanto como a sua fidelidade, o Seu poder ou a Sua misericórdia. Só pode ser assim, pois não há mácula alguma, nem o mais ligeiro defeito no caráter de Deus, porém, haveria, se Nele não houvesse "ira"! A indiferença para com o pecado é uma nódoa moral, e aquele que não odeia é um leproso moral. Como poderia Aquele que é a soma de todas as excelência olhar com igual satisfação para a virtude e o vício, para a sabedoria e a estultícia? Como poderia Aquele que é infinitamente santo ficar indiferente ao pecado e negar-Se a manifestar a Sua "severidade"(Rm.11:22) para com ele? Como poderia Aquele que só tem prazer no que é puro e nobre, deixar de detestar e de odiar o que é impuro e vil? A própria natureza de Deus faz do inferno uma necessidade tão real, um requisito tão imperativo e eterno como o céu o é. Não somente não há imperfeição nenhuma em Deus, mas também não há Nele perfeição que seja menos perfeita do que outra.
A ira de Deus é sua eterna ojeriza por toda injustiça. É o desprazer e a indignação da divina equidade contra o mal. É a santidade de Deus posta em ação contra o pecado. É a causa motora daquela sentença justa que ele lavra sobre os malfeitores. Deus está irado contra o pecado porque este é rebelião contra a Sua autoridade, um ultraje à Sua soberania inviolável. Os insurgentes contra o governo de Deus saberão um dia que Deus é o Senhor. Serão levados a sentir quão grandiosa é aquela Majestade que eles desprezaram, e como é terrível aquela ira de que foram ameaçados e a que não deram a mínima importância. Não que a ira de Deus seja uma retaliação maldosa e mal intencionada, infligindo agravo só pelo prazer de infligi-lo, ou devolver a ofensa recebida. Não; embora seja verdade que Deus vindicará o domínio como Governador do universo, ele não será revanchista.
Evidencia-se que a ira divina é uma das perfeições de Deus, não somente pelas considerações acima apresentadas, mas também fica estabelecido claramente pelas declarações expressas da Sua Palavra. "Porque do céu manifesta a ira de Deus..."(Rm.1:18). "Manifestou-se quando foi pronunciada a primeira sentença de morte, quando a terra foi amaldiçoada e o homem foi expulso do paraíso terrestre; e depois, mediante castigos exemplares como o dilúvio e a destruição das cidades da planície com fogo do céu, mas, especialmente pelo reinado da morte no mundo todo. Foi proclamada na maldição da lei para cada transgressão, e foi imposta na instituição do sacrifício. No capítulo 8 de romanos, o apóstolo Paulo chama a atenção para o fato de que a criação inteira ficou sujeita à vaidade, e geme e tem dores de parto. A mesma criação que declara que existe um Deus, e publica a Sua glória, também proclama que Ele é inimigo do pecado e o vingador dos crimes dos homens. Acima de tudo, porém, do céu se manifestou a ira de Deus quando o Filho de Deus veio a este mundo para revelar o caráter divino, e quando essa ira foi demostrada nos Seus sofrimentos e morte, de maneira mais terrível do que por todas as provas que Deus antes dera da Sua aversão pela pecado. Além disso, o castigo futuro e eterno dos ímpios agora é declarado em termos mais solenes e explícitos do que antes. Sob a nova dispensação há duas revelações dadas do céu, uma da ira, a outra da graça"(Robert Haldane).
Mais: que a ira de Deus é uma perfeição divina está demostrado claramente pelo que lemos nos Salmo 95:11: "Por isso jurei na minha ira que não entrarão no meu repouso". Duas sãos as ocasiões em que Deus "jura": quando faz promessas (Gn22:16), e quando faz ameaças(Dt.1:34). Na primeira, jura com misericórdia dos Seus filhos; na Segunda, jura para aterrorizar os ímpios. Um juramento é feito para confirmação: Hb.6:16. Em Gn.22:16 disse Deus: "Por mim mesmo, jurei". NO Sl.89:35 ele declara: "Uma vez jurei por minha santidade". Enquanto que no Sl.95:11 ele afirma: "Jurei na minha ira". Assim é que o grande Jeová pessoalmente recorre à Sua "ira" como a uma perfeição igual à sua "santidade": tanto jura por uma como pela outra! Ainda: como em Cristo "...habita corporalmente toda a plenitude da divindade"(Cl.2:9), e como todas as perfeições divinas são notavelmente manifestadas por Ele (Jo.1:18), por isso lemos sobre "... a ira do Cordeiro"(Ap.6:16).
A ira de Deus é uma perfeição do caráter divino sobre a qual precisamos meditar com freqüência. Primeiro, para que os nosso corações fiquem devidamente impressionados com a ojeriza de Deus pelo pecado. Estamos sempre inclinados a uma consideração superficial do pecado, a encobrir a sua fealdade, a desculpá-lo com escusas várias. Mas, quanto mais estudarmos e ponderarmos a aversão de Deus pelo pecado e a maneira terrível como se vinga dele, mais probabilidade teremos de compreender quão horrível é o pecado. Segundo, para produzir em nossas almas um verdadeiro temor de Deus: "... retenhamos a graça, pela qual sirvamos a Deus agradavelmente com reverência e piedade ("santo temos"); porque o nosso Deus é fogo consumidor"(Hb.12:28-29). Não podemos serví-lO "agradavelmente" sem a devida "reverência" ante a sua tremenda Majestade e sem o devido "santo temor" de Sua ira, e promoveremos melhor estas coisas trazendo freqüentemente à memória o fato de que "o nosso Deus é um fogo consumidor". Terceiro, para induzir nossas almas a fervoroso louvor a Deus por Ter-nos livrado "... da ira futura"(I Ts.1:10).
A nossa prontidão ou a nossa relutância em meditar na ira de Deus é um teste seguro de até que ponto os nossos corações reagem à Sua influência. Se não nos regozijamos verdadeiramente em Deus, pelo que ele é em Si mesmo, e por todas as perfeições que nEle há eternamente, como poderá permanecer em nós o amor de Deus? Cada um de nós precisa vigiar o mais possível em oração contra o perigo de criar em nossa mente uma imagem de Deus segundo o modelo das nossas inclinações pecaminosas. Desde há muito o Senhor lamentou: "... pensavas que (Eu) era como tu"(Sl.50:21). Se não nos alegramos "... em memória da sua santidade"(Sl.97:12), se não nos alegramos por saber que num dia que logo vem, Deus fará uma demonstração sumamente gloriosa da Sua ira, tomando vingança em todos os que agora se opõem a Ele, é prova positiva de que os nossos corações não estão sujeitos a Ele, que ainda, permanecemos em nossos pecados, rumo às chamas eternas.
"Jubilai, ó nações (gentios), com o seu povo, porque vingará o sangue dos seus servos, e sobre os seus adversários fará tornar a vingança..."(Dt.32:43). E ainda lemos: "E, depois destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz de grande multidão, que dizia: Aleluia; Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor nosso Deus; Porque verdadeiros e justos sãos os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos. E outra vez disseram: Aleluia..." (Ap.19:1-3). Grande será o regozijo dos santos naquele dia em que o Senhor irá vindicar a sua majestade, exercer o Seu domínio formidável, magnificar a Sua justiça, e derribar os orgulhosos rebeldes que ousaram desafiá-lO.
"Se tu, Senhor, observares (imputares) as iniquidades, Senhor quem subsistirá? (Sm. 130:3). Cada um de nós pode bem fazer esta pergunta, pois está escrito que "...os ímpios não subsistirão no juízo..." (Sl.1:5). Quão dolorosamente a alma de Cristo padeceu ao pensar na ação de Deus observando as iniquidades do Seu povo quando estas pesaram sobre Ele! Ele "... começou a Ter pavor, e a angustiar-se"(Mc. 14:33). Sua agonia terrível, Seu suor de sangue, Seu grande clamor e súplicas (Hb.5:7), Suas reiteradas orações: "Se é possível, passe de mim este cálice", Seu último e tremendo brado, "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?"- tudo manifesta que pavorosas apreensões Ele teve quanto ao que era para Deus "observar iniquidades". Bem que nós, pobres pecadores, podemos clamar: Senhor, quem subsistirá, se o próprio Filho de Deus tremeu tanto sob o peso da Tua ira? Se tu, meu leitor, ainda não correste em busca do refúgio em Cristo, o único salvador, "... que farás na enchente do Jordão?"(Jr.12:5)."Quando considero como a bondade de Deus sofre abusos da maior parte da humanidade, não posso senão apoiar quem disse: "O maior milagre do mundo é a paciência e generosidade de Deus para como mundo ingrato. Se um príncipe tem inimigos metidos numa de suas cidades, não lhes envia provisões, mas mantém sitiado o local e faz o que pode para vencê-los pela fome. Mas o grande Deus, que poderia levar todos os Seus inimigos à destruição num piscar de olhos, tolera-os e se empenha diariamente para sustentá-los. Aquele que faz o bem aos maus e ingratos, pode muito bem ordenar-nos que bendigamos os que nos maldizem. Não penseis, porém, que escapareis assim, pecadores; o moinho de Deus mói devagar, mas mói fino; quanto mais admirável é agora a Sua paciência e generosidade, mais terrível e insuportável será a fúria resultante dos abusos feitos à Sua bondade. Nada é mais brando do que o mar; contudo, quando se agita e forma temporal, nada se enfurece mais. Nada é tão suave como a paciência e bondade de Deus, e nada tão terrível como a sua ira quando se inflama" (William Gurnall, 1660). "Fuja", pois, meu leitor, fuja para Cristo; fuja "... da ira futura"(Mt.3:7), antes que seja tarde demais. Nós lhe rogamos com todo o empenho, não pense que esta mensagem tem em vista outra pessoa. É para você que está lendo! Não fique satisfeito em pensar que você já fugiu para Cristo. Obtenha certeza disso! Rogue ao Senhor que sonde o teu coração e te revele o que tu és (pois o erro ou engano, será fatal e eterno).

A IRA DE DEUS

A IRA DE DEUS

A nossa prontidão ou a nossa relutância em meditar na ira de Deus é um teste seguro de até que ponto os nossos corações reagem à Sua influência.
Se não nos regozijamos verdadeiramente em Deus, pelo que ele é em Si mesmo, e por todas as perfeições que nEle há eternamente, como poderá permanecer em nós o amor de Deus?
Cada um de nós precisa vigiar o mais possível em oração contra o perigo de criar em nossa mente uma imagem de Deus segundo o modelo das nossas inclinações pecaminosas.
Desde há muito o Senhor lamentou: "... pensavas que (Eu) era como tu"(Sl.50:21).
· Se não nos alegramos "... em memória da sua santidade"(Sl.97:12),
· se não nos alegramos por saber que num dia que logo vem, Deus fará uma demonstração sumamente gloriosa da Sua ira, tomando vingança em todos os que agora se opõem a Ele, é prova positiva de que os nossos corações não estão sujeitos a Ele,
· que ainda, permanecemos em nossos pecados, rumo às chamas eternas.
"Jubilai, ó nações (gentios), com o seu povo, porque vingará o sangue dos seus servos, e sobre os seus adversários fará tornar a vingança..."(Dt.32:43).
E ainda lemos:
"E, depois destas coisas, ouvi no céu como que uma grande voz de grande multidão, que dizia: Aleluia; Salvação, e glória, e honra, e poder pertencem ao Senhor nosso Deus; Porque verdadeiros e justos sãos os seus juízos, pois julgou a grande prostituta, que havia corrompido a terra com a sua prostituição, e das mãos dela vingou o sangue dos seus servos. E outra vez disseram: Aleluia..." (Ap.19:1-3).
Grande será o regozijo dos santos naquele dia em que o Senhor irá vindicar a sua majestade, exercer o Seu domínio formidável, magnificar a Sua justiça, e derribar os orgulhosos rebeldes que ousaram desafiá-lO.
"Se tu, Senhor, observares (imputares) as iniquidades, Senhor quem subsistirá? (Sm. 130:3).
Cada um de nós pode bem fazer esta pergunta, pois está escrito que "...os ímpios não subsistirão no juízo..." (Sl.1:5).
Quão dolorosamente a alma de Cristo padeceu ao pensar na ação de Deus observando as iniquidades do Seu povo quando estas pesaram sobre Ele!
· Ele "... começou a Ter pavor, e a angustiar-se"(Mc. 14:33).
· Sua agonia terrível, Seu suor de sangue, Seu grande clamor e súplicas (Hb.5:7),
· Suas reiteradas orações: "Se é possível, passe de mim este cálice",
· Seu último e tremendo brado, "Deus meu, Deus meu, porque me desamparaste?"-
· tudo manifesta que pavorosas apreensões Ele teve quanto ao que era para Deus "observar iniquidades". Bem que nós, pobres pecadores,
· podemos clamar: Senhor, quem subsistirá, se o próprio Filho de Deus tremeu tanto sob o peso da Tua ira? Se tu, meu leitor, ainda não correste em busca do refúgio em Cristo, o único salvador, "... que farás na enchente do Jordão?"(Jr.12:5).
"Quando considero como a bondade de Deus sofre abusos da maior parte da humanidade, não posso senão apoiar quem disse: "O maior milagre do mundo é a paciência e generosidade de Deus para como mundo ingrato.

Se um príncipe tem inimigos metidos numa de suas cidades, não lhes envia provisões, mas mantém sitiado o local e faz o que pode para vencê-los pela fome.

Mas o grande Deus, que poderia levar todos os Seus inimigos à destruição num piscar de olhos, tolera-os e se empenha diariamente para sustentá-los.

Aquele que faz o bem aos maus e ingratos, pode muito bem ordenar-nos que bendigamos os que nos maldizem. Não penseis, porém, que escapareis assim, pecadores; o moinho de Deus mói devagar, mas mói fino; quanto mais admirável é agora a Sua paciência e generosidade, mais terrível e insuportável será a fúria resultante dos abusos feitos à Sua bondade.

Nada é mais brando do que o mar; contudo, quando se agita e forma temporal, nada se enfurece mais.

Nada é tão suave como a paciência e bondade de Deus, e nada tão terrível como a sua ira quando se inflama" (William Gurnall, 1660).

"Fuja", fuja para Cristo; fuja "... da ira futura"(Mt.3:7), antes que seja tarde demais.

Nós lhe rogamos com todo o empenho, não pense que esta mensagem tem em vista outra pessoa. É para você que está lendo! Não fique satisfeito em pensar que você já fugiu para Cristo. Obtenha certeza disso! Rogue ao Senhor que sonde o teu coração e te revele o que tu és (pois o erro ou engano, será fatal e eterno).

Porque Deus é santo, ele usa linguagem revoltante para descrever o pecado. Ele diz que idolatria é "coisa abominável que aborreço" (Jeremias 44:4). Ele compara o pecado ao lamaçal no qual a porca se revolve e ao vômito que o cachorro lambe (2 Pedro 2:22). Nas Escrituras, não se pode separar o pecado da morte e da corrupção de decomposição que associamos com a morte. Se tais imagens nos enjoam, é porque o pecado é nojento para Deus.
A santidade de Deus é revelada na palavra dele
O homem aprende discernir entre o bem e o mal através da revelação de Deus (Isaías 1:16-17; 2:3).
Nas Escrituras, o Espírito Santo tem revelado para nós as coisas de Deus para que possamos desenvolver a mente de Cristo (1 Coríntios 2:10-16).
É importantíssimo entender que a desobediência a qualquer mandamento que Deus tem nos dado é ofensa contra a própria pessoa dele.
Pense nesse fato na próxima ocasião que você enfrenta a tentação de deixar de lado algum mandamento do Senhor, dizendo que "Deus não se importa com isso". Ele se importou em falar. Ele se importou em mandar seu Filho para ensinar e para morrer. Ele se importou em enviar os apóstolos ao mundo.O pecado é desobediência da vontade de Deus (Salmo 51:4; 1 João 3:4). Qualquer pecado, o menor que seja nas opiniões dos homens, é traição e ingratidão em relação ao nosso Criador.
Jesus disse que o amor a ele exige obediência aos seus mandamentos (João 14:15). O Pai havia falado a mesma coisa quase 1500 anos antes (Êxodo 20:6).
A santidade de Deus é revelada na ira dele
Encontramos nas Escrituras diversas ocasiões em que Deus mostrou sua ira contra pecadores. Considere alguns exemplos. "Pelo que, como a língua de fogo consome o restolho, e a erva seca se desfaz pela chama, assim será a sua raiz como podridão, e a sua flor se esvaecerá como pó; porquanto rejeitaram a lei do SENHOR dos Exércitos e desprezaram a palavra do Santo de Israel. Por isso, se acende a ira do SENHOR contra o seu povo, povo contra o qual estende a mão e o fere, de modo que tremem os montes e os seus cadáveres são como monturo no meio das ruas. Com tudo isto não se aplaca a sua ira, mas ainda está estendida a sua mão." (Isaías 5:24-25).

Na mesma época, Deus explicou o castigo do povo desobediente: "O SENHOR advertiu a Israel e a Judá por intermédio de todos os profetas e de todos os videntes, dizendo: Voltai_vos dos vossos maus caminhos e guardai os meus mandamentos e os meus estatutos, segundo toda a Lei que prescrevi a vossos pais e que vos enviei por intermédio dos meus servos, os profetas.... e venderam_se para fazer o que era mau perante o SENHOR, para o provocarem à ira. Pelo que o SENHOR muito se indignou contra Israel e o afastou da sua presença; e nada mais ficou, senão a tribo de Judá" (2 Reis 17:13,17-18).

Estas conseqüências do pecado foram previstas por Samuel no início do reino de Israel, 300 anos antes de Isaías. Samuel disse: "Se, porém, não derdes ouvidos à voz do SENHOR, mas, antes, fordes rebeldes ao seu mandado, a mão do SENHOR será contra vós outros, como o foi contra vossos pais" (1 Samuel 12:15).
Às vezes, pessoas descartam tais exemplos da ira de Deus, sugerindo que o Deus do Velho Testamento é diferente do que o do Novo Testamento.

Enquanto a aliança realmente mudou, o Deus que nos governa é o mesmo. A santidade dele não diminuiu, e ele continua rejeitando pecado e pecadores. O Novo Testamento nos assegura que Deus ainda responde ao pecado com ira.

Romanos 11:22 diz: "Considerai, pois, a bondade e a severidade de Deus: para com os que caíram, severidade; mas, para contigo, a bondade de Deus, se nela permaneceres; doutra sorte, também tu serás cortado."

O livro de Hebreus diz que Deus é até mais severo hoje do que na época da antiga aliança (Hebreus 2:2-3). Depois, ele reafirma este fato: "Sem misericórdia morre pelo depoimento de duas ou três testemunhas quem tiver rejeitado a lei de Moisés. De quanto mais severo castigo julgais vós será considerado digno aquele que calcou aos pés o Filho de Deus, e profanou o sangue da aliança com o qual foi santificado, e ultrajou o Espírito da graça? Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrível coisa é cair nas mãos do Deus vivo" (Hebreus 10:28-31).

A ira de Deus é inseparável de sua santidade. Se Deus aceitasse o pecado, ele não seria santo.

Veja como es Escrituras falam muito da Ira e da Vingança de Deus:
IRA

Numeros 22: 22 A [ira de Deus] se acendeu, porque ele ia, e o anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho por adversário. Ora, ele ia montado na sua jumenta, tendo consigo os seus dois servos.

Salmo 78: 31 quando a [ira de Deus] se levantou contra eles, e matou os mais fortes deles, e prostrou os escolhidos de Israel.

João 3: 36 Quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, porém, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a [ira de Deus].

Romanos 1: 18 Pois do céu é revelada a [ira de Deus] contra toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça.

Rom. 12: 19 Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à [ira de Deus], porque está escrito: Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor.

Efésios 5: 6 Ninguém vos engane com palavras vãs; porque por estas coisas vem a [ira de Deus] sobre os filhos da desobediência.

Colossences 3: 6 pelas quais coisas vem a [ira de Deus] sobre os filhos da desobediência;

Apoc. 14: 10 também o tal beberá do vinho da [ira de Deus], que se acha preparado sem mistura, no cálice da sua ira; e será atormentado com fogo e enxofre diante dos santos anjos e diante do Cordeiro.
19 E o anjo meteu a sua foice à terra, e vindimou as uvas da vinha da terra, e lançou-as no grande lagar da [ira de Deus].

Apoc. 15: 1 Vi no céu ainda outro sinal, grande e admirável: sete anjos, que tinham as sete últimas pragas; porque nelas é consumada a [ira de Deus].

Apoc. 16: 1 E ouvi, vinda do santuário, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide e derramai sobre a terra as sete taças, da [ira de Deus].

VINGANÇA

Gen. 4: 15 O Senhor, porém, lhe disse: Portanto quem matar a Caim, sete vezes sobre ele cairá a [vingança]. E pôs o Senhor um sinal em Caim, para que não o ferisse quem quer que o encontrasse.

Levítico 26: 25 Trarei sobre vós a espada, que executará a [vingança] do pacto, e vos aglomerareis nas vossas cidades; então enviarei a peste entre vós, e sereis entregues na mão do inimigo.

Deuteronômio 22: 35 Minha é a [vingança] e a recompensa, ao tempo em que resvalar o seu pé; porque o dia da sua ruína está próximo, e as coisas que lhes hão de suceder se apressam a chegar.
41 se eu afiar a minha espada reluzente, e a minha mão travar do juízo, então retribuirei [vingança] aos meus adversários, e recompensarei aos que me odeiam.
43 Aclamai, ó nações, com alegria, o povo dele, porque ele vingará o sangue dos seus servos; aos seus adversários retribuirá [vingança], e fará expiação pela sua terra e pelo seu povo.

Salmo 94: 1 Ó Senhor, Deus da [vingança], ó Deus da [vingança], resplandece!

Isaias 34: 8 Pois o Senhor tem um dia de [vingança], um ano de retribuições pela causa de Sião.

Isaias 47: 3 A tua nudez será descoberta, e ver-se-á o teu opróbrio; tomarei [vingança], e não pouparei a homem algum.

Isaias 61: 2 a apregoar o ano aceitável do Senhor e o dia da [vingança] do nosso Deus; a consolar todos os tristes;

Isaias 63: 4 Porque o dia da [vingança] estava no meu coração, e o ano dos meus remidos é chegado.

Jeremias 11: 20 Mas, ó Senhor dos exércitos, justo Juiz, que provas o coração e a mente, permite que eu veja a tua [vingança] sobre eles; pois a ti descobri a minha causa.

Jeremias 51: 6 Fugi do meio de Babilônia, e livre cada um a sua vida; não sejais exterminados na sua punição; pois este é o tempo da [vingança] do Senhor; ele lhe dará o pago.

Ezequiel 24: 8 Foi para fazer subir a minha indignação para tomar [vingança], que eu pus o seu sangue numa penha descalvada, para que não fosse coberto.

Ezequiel 25: 14 E exercerei a minha [vingança] sobre Edom, pela mão do meu povo de Israel; e farão em Edom segundo a minha ira e segundo o meu furor; e conhecerão a minha [vingança], diz o Senhor Deus.
15 Assim diz o Senhor Deus: Porquanto os filisteus se houveram vingativamente, e executaram [vingança] com despeito de coração, para destruírem com perpétua inimizade;
17 E executarei neles grandes [vingança]s, com furiosos castigos; e saberão que eu sou o Senhor, quando eu tiver exercido a minha [vingança] sobre eles.

Miquéias 5: 15 E com ira e com furor exercerei [vingança] sobre as nações que não obedeceram.

Naum 1: 2 O Senhor é um Deus zeloso e vingador; o Senhor é vingador e cheio de indignação; o Senhor toma [vingança] contra os seus adversários, e guarda a ira contra os seus inimigos.

“... se manifesta do céu...” Este manifestar traz-nos a idéia de irromper, ou seja : a ira de Deus está vindo dos ceus em direção aos homens, isto demonstra claramente o fato de que ela pode parecer demorada, mas ela vai chegar!
“... impiedade e injustiça ...” Aqui se refere tanto aos pecados que o homem pratica conscientemente contra Deus, como o ato do homem querer viver neste mundo como se não existisse um criador a quem ele deve temor e adoração e a Quem ele vai Ter de prestar contas.

“... detém a verdade ...” Deter aqui significa literalmente aprisionar. Como veremos a seguir, Deus deu uma capacidade ao ser humano de perceber a Sua existência através das obras que Ele criou. O homem rejeita esta verdade e procura andar segundo os seus próprios caminhos. (v. 19-20 )

EXPERIMENTANDO A BOA, PERFEITA E AGRADAV

EXPERIMENTANDO
A BOA, PERFEITA E AGRADÁVEL VONTADE DE DEUS
NO LAR

Romanos 12:1-2

Pensar neste tema exige de nós como família, como casal, algumas atitudes que vão nos ajudar no alcance de nosso alvo.

1º Estar disposto a encarar o desafio sem esmorecer ou desistir. (... rogo-vos irmãos...)
Obs: Brincadeira da prenda.

O apóstolo Paulo diz que casamento não é um conto de fadas, mas um caminho de lutas que vai exigir dos cônjuges paciência para que o mesmo se ajuste.

(1Cor. 7: 28 Mas, se te casares, não pecaste; e, se a virgem se casar, não pecou. Todavia estes padecerão tribulação na carne e eu quisera poupar-vos.)

2º O Desafio de enquadrar nossa vida conjugal e familiar sobre o alicerce da Palavra de Deus. (... pela renovação de ... mente...)

Todo criador de determinado produto ao colocar seu produto a disposição do consumidor, juntamente com o produto ele tem o cuidado de enviar o manual de instruções para que o usuário de seu produto saiba como usufruir o máximo de benefício possível.

Deus, que criou o casamento (cf. Gn. 2:24), nos deu também o manual de instruções com princípios que vão nos ajudar a experimentar os benefícios do mesmo, ainda que saibamos que tribulações virão.

Para isso tornar-se possível são necessárias duas coisas:

1. Autonomia – é a constituição de uma nova família.

2. Parceria – Esta família deve amadurecer e estabilizar-se através de trabalho mútuo.

3. a antiga família continua sendo família, mas não interfere. É o primeiro divórcio que ocorre nem casamento.

3º Uma mudança de mente através da rejeição da cosmovisão moderna do casamento.

· Casamento é a união de duas pessoas, não necessariamente de sexos oposto, e sem necessidade direta de algum compromisso legal ou religioso, tendo como, quase único alicerce, as conveniências e a satisfação de desejos pessoais sem um planejamento a longo prazo.

· É apenas uma experiência;

· É uma tentativa descomprometida;

· É uma união sem objetivos firmes; sem propósitos definidos;

· É uma união com referenciais falíveis: Novelas; atores; gente famosa; etc.

· É uma união sem padrões fixos e rígidos: tudo pode!

4º Uma mudança de mente através da rejeição das concepções ocidentais acerca do amor.

· Amor é um sentimento que acontece inesperadamente dominando totalmente o indivíduo, tornando-o escravo da situação até o momento em que o amor, com a mesma rapidez com que surgiu, vá se esvaindo quando a relação enfrenta problemas ou cai na rotina.

· Amor não é fruto de uma explosão de sentimento repentina que submete a pessoa a escravidão do desejo de conquistar e possuir o objeto desse sentimento. (E.g. Amor a primeira vista)

· Amor é uma decisão firme da vontade!

· Quem ama tem compromisso.

· Quem ama não larga no meio do caminho, não abandona.

· Quem ama ajuda, cuida, protege nos momentos difíceis.

· Colossences 3:14 E, sobre tudo isto, revestí-vos do amor, que é o [vínculo] da perfeição

· (Brincadeira do abraço: um casal abraçado e várias mulheres tentando separar os dois)

· 1Cor. 13:4-8 – “4 O amor é sofredor, é benigno; o amor não é invejoso; o amor não se vangloria, não se ensoberbece, 5 não se porta inconvenientemente, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não suspeita mal; 6 não se regozija com a injustiça, mas se regozija com a verdade; 7 tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. 8 O amor jamais acaba;

5º Uma mudança de mente através de uma rejeição do modelo de família abraçado pela sociedade que é influenciada e manipulada pela mídia e não pela Palavra de Deus.

O modelo moderno é anti-padrão, ou seja, tem que ser diferente do formal: (Influencia pós-moderna)

· Casamento com cônjuges morando cada qual em sua casa;

· cada um com sua vida;

· tendo uma única coisa em comum: O Sexo.

· Não tendo necessariamente necessidade de fidelidade desde que ambos se cuidem.

· Total antagonismo a ter filhos, em alguns casos.

· Casamento oficial de pessoas do mesmo sexo.

· Isso é contrário a expectativa de Gênesis 1:27-28 e 2:18 e 24 (ler)


6º Uma mudança de mente através de uma reestruturação de conceitos e práticas no âmbito da administração familiar. (O papel de cada indivíduo nesta célula chamada de família (Marido, esposa, filhos)

Casamento é uma estrutura que possui uma hierarquia e organização definida. Para funcionar bem cada membro deve assumir o seu papel e o seu lugar. Se isso não for respeitado certamente que tribulações virão.

Paulo escrevendo aos Efésios fala sobre essa hierarquia:

Ef. 5:22-23,25

22 Vós, mulheres, submetei-vos a vossos maridos, como ao Senhor;

23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o Salvador do corpo.

25 Vós, maridos, amai a vossas mulheres, como também Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela,.............

Tem marido que não é o cabeça da mulher, e sim o capeta da mulher! Mulher é somente a escrava empregada doméstica, babá dos filhos e coabitadora do marido, e só.

Tem mulher que não é a ajudadora do marido, mas sim, aperturbadora! (Mulher que gosta de mandar)

»EFÉSIOS [6]
1 Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2 Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa),
3 para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.


7º Uma mudança de mente através de um amadurecimento do casal no que diz respeito a sua intimidade pessoal, emocional, sentimental e sexual.

Quatro aspectos:

1. Diálogo
2. Toque
3. Atenção
4. Qualidade do tempo