terça-feira, 19 de outubro de 2010

Salvação Batista

Salvação Batista

Segundo o Manual Básico dos Batistas Nacionais

Página 08, acerca da salvação diz-se o seguinte:

III — A VIDA CRISTÃ

1. A Salvação Pela Graça

A graça é a provisão misericordiosa de Deus para a condição do homem perdido. O homem no seu estado natural é egoísta e orgulhoso; ele está na escravidão de Satanás e espiritualmente morto em transgressões e pecados.

Devido à sua natureza pecaminosa, o homem não pode salvar-se a si mesmo. Mas Deus tem uma atitude benevolente em relação a todos, apesar da corrupção moral e da rebelião. A salvação não é o resultado dos méritos humanos, antes emana do propósito e iniciativa divina. Não vem através de mediação sacramental, nem de treinamento moral, mas como resultado da misericórdia e poder divinos. A salvação do pecado é a dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pelo arrependimento em relação a Deus, pela fé em Jesus Cristo e pela entrega incondicional a Ele como Senhor.

A salvação, que vem através da graça, pela fé, coloca o indivíduo em união vital e transformadora com Cristo, e se caracteriza por uma vida de santidade e boas obras. A mesma graça, por meio da qual a pessoa alcança a salvação, dá a certeza e a segurança do perdão contínuo de Deus e de seu auxílio na vida cristã.

A salvação é dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pela fé em Cristo e rendição à soberania divina.

Acima vemos a posição Batista Nacional acerca da salvação comum. Porém, na prática observamos em grande percentual o desconhecimento dos próprios pastores Batistas Nacionais desta verdade imprescindível à maturidade e equilíbrio cristão.

Vemos algumas ênfases em nossa confissão de fé a este respeito:

1. Devido à sua natureza pecaminosa, o homem não pode salvar-se a si mesmo.

2. A salvação não é o resultado dos méritos humanos, antes emana do propósito e iniciativa divina.

3. Não vem através de mediação sacramental, nem de treinamento moral, mas como resultado da misericórdia e poder divinos.

4. A mesma graça, por meio da qual a pessoa alcança a salvação, dá a certeza e a segurança do perdão contínuo de Deus e de seu auxílio na vida cristã.

5. A salvação é dádiva de Deus através de Jesus Cristo, condicionada, apenas, pela fé em Cristo e rendição à soberania divina.

Página 20 do Manual dos Batistas Nacionais

III — DO ESPÍRITO SANTO
Cremos que o Espírito Santo é o Espírito de Deus. Ele inspirou homens santos da antiguidade para escrever as escrituras. Capacita homens através de ilu-minação a compreender a verdade. Exalta a Cristo. Convence do pecado, da justiça e do juízo. Atrai homens ao Salvador e efetua regeneração. Cultiva o caráter cristão, conforta os crentes e concede os dons espirituais pelos quais eles servem a Deus através de sua Igreja. Sela o salvo para o dia da redenção final. A presença dEle no cristão é a segurança de Deus para trazer o salvo à plenitude da estatura de Cristo. Ele ilumina e reveste de poder (batismo no Espírito Santo) o crente e a Igreja para a adoração, evangelismo e serviço.
(Gn 1.2; Jz 14.6; Jó 26.13; SI 51.11; 139.7; Is 61.1-3; Jl 2.28-32; Mt 1.18; 3.16; 4.1; 12.28-32; 28.19; Mc 1.10,12; Lc 1.35; 4.1,18, 19; 11.13; 12.2; 24.49; Jo 4.24; 14.16, 17,26; 16.7-14; At 1.8; 2.1-4, 38; 4.31; 5.3; 6.3; 7.55; 8.17, 39; 10.44; 13.2; 15.28; 16.6; 19.1-6; Rm 8.9-11; 14.16, 26, 27; 1Co 2.10-14; 3.16; 12.3-11; Gl 4.6; Ef 1.13,14; 4.30; 5.18; 1Ts 5.19; 2Tm 3.16; 4:1; 2Tm 1.14; 3.16; Hb 9.8,14; 2Pe 1.21; 1Jo 4.13; 5.6,7; Ap 1.10; 22.17).

V — DO MEIO DA SALVAÇÃO
Cremos que a salvação dos pecadores é inteiramente de graça pela mediação do Filho de Deus, o qual, segundo desígnio do Pai, assumiu livremente nossa natureza, mas sem pecado, honrou a lei divina pela sua obediência pessoal, e por sua morte realizou completa expiação dos nossos pecados; que, tendo ressurgido dos mortos, está agora entronizado nos céus e que, unindo em sua maravilhosa pessoa a mais terna simpatia com a perfeição divina, está com-pletamente capacitado para ser o Salvador adequado, compassivo e todo-su-ficiente dos homens. (Sl 34.22; 89.19; Is 42.21; 53.4,5; Mt 18.11; 20.28; Jo 1.1-14; 3.16; At 15.11; Rm 3.21,24,25; 1Co 3.5,7; 15.1-3; 2Co 5.21; Gl 4.4,5; Ef 2.5, 8,9; Fp 2.6-8; Cl 2.9; 3.1-4; Hb 1.3,8; 2.9-14,18; 4.14; 7.25,26; 8.1; 9.13-15; 12.24; 1Jo 2.2-5; 4.10).

Página 21 do Manual dos Batistas Nacionais

VI — DA JUSTIFICAÇÃO
Cremos que a grande bênção do evangelho, que Cristo assegura aos que nEle crêem, é a Justifi cação; que esta inclui o perdão dos pecados e a promessa da vida eterna, baseada nos princípios da justiça; que é conferida, não em con-sideração de quaisquer obras justas que tenhamos feito. Mas exclusivamente pela fé no sangue do Redentor que, em virtude dessa fé, a perfeita justiça de Cristo é livremente imputada por Deus; que ela nos leva ao estado da mais abençoada paz e favor com Deus e nos assegura todas as outras bênçãos ne-cessárias para o tempo e a eternidade. (Is 53.11,12; Zc 13.1; Mt 6.23; 9.6; Jo 1.16; At 10.43; 13.39; Rm 4.4,5; 5.1-3,9,11,17,19,21,22; 6.23; 8.1; 1Co 1.30,31; Ef 3.8; Fp 3.8,9; 3.24-26; 4.23-25; 1Tm 4.8; Tt 3.5,6; 1Jo 2.12,25).

VII — DA GRATUIDADE DA SALVAÇÃO
Cremos que as bênçãos da salvação cabem gratuitamente a todos por meio do evangelho; que é dever imediato de todos aceitá-las com fé obediente, cordial e penitente, e que nada impede a salvação, ainda mesmo do maior pecador da terra, senão sua perversidade inerente à voluntária rejeição do evangelho, a qual agrava a sua condenação. (Pv 1.24; Is 55.1; Mt 11.20; 23.27; Mc 1.15; Lc 14.17; 19.27; Jo 3.19; 5.40; At 13.46; Rm 1.15,17; 9.32; 16.26; 2Ts 1.8; Ap 22.17).

VIII — DA GRAÇA DA REGENERAÇÃO
Cremos que os pecadores para serem salvos precisam ser regenerados, isto é, nascer de novo; que a regeneração consiste na outorga de uma santa dis-posição à mente, e que isso se efetua pelo poder do Espírito Santo de um modo que transcende a nossa compreensão, em conexidade com a verdade divina, de maneira a assegurar-nos nossa obediência voluntária ao evangelho; que a evidência da regeneração transparece nos frutos santos do arrependi-mento e da fé e em novidade de vida. (Dt 30.6; Ez 36.26; Mt 3.8-10; 7.20; Jo 1.13; 3.3,6,8; 7.1; Rm 2.28,29; 5.5; 8.9; 1Co 1.30; 2.14; 12.3; 2Co 5.17; Gl 5.16-23; Ef 2.14-21; 4.20-24; 5.9; Fp 2.13; Cl 3.9-11;Tg 1.16-18; 1Pe 1.20,25 ; 1Jo 4.7;5.1,4; Ap 21:27).

Página 22 do Manual dos Batistas Nacionais

IX — DO ARREPENDIMENTO E DA FÉ
Cremos que o arrependimento e a fé são deveres sagrados e também graças inseparáveis, originadas em nossas almas pelo Espírito regenerador de Deus; que, sendo por essas graças convencidos profundamente de nossa culpa, perigo e incapacidade, bem como do caminho da salvação por Cristo, volta-mo-nos para Deus com sincera contrição, confi ssão e súplica por misericórdia, recebendo ao mesmo tempo de coração o Senhor Jesus Cristo como nosso Profeta, Sacerdote e Rei, e confi ando somente nEle como o único e auto-su-ficiente Salvador. (SI 2.6; SI 51; Mc 1.15; Lc 15.18-21; 18.13; At 2.37,38;3.22,23; 11.18; 16.30,31; Rm 10.9-13; 2Co 7.11; Ef 2.8; 2Tm 1.12; Hb 1.8; 4.14; 7.25; Tg 4.7-10; 1Jo 1.8).

X — DO PROPÓSITO DA GRAÇA DE DEUS
Cremos que a eleição é o eterno propósito de Deus, segundo o qual Ele gra-tuitamente regenera, santifi ca e salva pecadores; que esse propósito, sendo perfeitamente consentâneo com o livre arbítrio do homem, compreende todos os meios que concorrem para esse fi m. Que é gloriosa manifestação da soberana vontade de Deus que é infi nitamente livre, sábia, santa e imutável; que exclui inteiramente a jactância e promove a humildade, o amor, a oração, o louvor, a confi ança em Deus, bem como a imitação ativa de sua livre mi-sericórdia; que encoraja o uso dos meios de santifi cação no grau mais eleva-do e pode ser verifi cada por seus efeitos em todos aqueles que realmente crêem no evangelho; que é o fundamento de segurança cristã e que o verificá-la, a respeito de nós mesmos, exige e merece a nossa maior diligência. (Êx 33.18,19; Is 42.16; Jr 31.3; Mt 20.13,16; Lc 18.7; Jo 6.37-40; 10.16; 14.23;15.16; At 1.24; 13.48; 15.14; Rm 3.27; 4.16; 8.28-30; 9.23,24; 11.5,6,28,29,32-36; 1Co 1.26,31; 3.3,7; 4.7; 9.22;15.10; Ef 1.3-14; Ef 1.16; Ef 1.11; Fp. 3.12; Cl 3.12; 1Ts 1.4-10; 2.12; 2Ts 2.13,14; 2Tm 1.8-10; Hb 6.11; Tg 1.17,18; 2.18; 1Pe 1.1,2; 2.9; 5.10; 2Pe 1.10; 1Jo 4.19).

XI — DA SANTIFICAÇÃO
Cremos que a Santificação é o processo pelo qual, de acordo com a vontade de Deus, somos feitos participantes de sua santidade; que é uma obra pro-gressiva que se inicia na regeneração; que é continua da nos corações dos crentes pela presença do Espírito Santo, o Confi rmador e Confortador, no uso contínuo dos meios indicados, especialmente a palavra de Deus, o exame próprio, a renúncia, a vigilância e a oração. (Pv 4.18; Mt 26.41; Lc 9.23; 11.35;Jô 3.6; Rm 8.5; 2Co 7.1; 13.5,9; Ef 1.4,13,14; 4.3,11,12; 6.18; Fp 1.9-11; 2.12,13; 1Ts 4.3; 5.23; Hb 6.1; 1Pe 2.2; 2Pe 1.5-8; 3.18; 1Jo 2.29).

Página 23 do Manual dos Batistas Nacionais

XII — DA PERSEVERANÇA DOS SANTOS
Cremos que só são crentes verdadeiros aqueles que perseveram até o fim; que a sua ligação perseverante com Cristo é o grande sinal que os distingue dos que professam superfi cialmente; que uma providência especial vela pelo seu bem-estar e que são guardados pelo poder de Deus mediante a fé para a salvação. (SI 19.11,12; 121.3; Jr 32.40; Mt 6.30-33; 13.20,21; Jo 6.66-69;8.31;
Rm 8.28; Ef 4.30; Fp 1.6; 2.12,13; Hb 1.14; 13.5; 1Pe 1.5; 1Jo 2.27,28; 3.9;5.18; Jd 24).

Um membro de uma Igreja Batista Nacional tendo conhecimento dessas verdades, e ainda assim crê na perda de salvação, ele está simplesmente desprezando nossa declaração Denominacional de Fé acerca da Salvação.

Comentário

O alicerce primário da experiência do cristão é a a fé obra de Cristo feita em seu favor trazendo sobre ele salvação de forma gratuita, imerecida e definitiva. (Cf. Romanos 3:24-25). Definitivamente são os méritos de Cristo: Sua Obediência e Seu martírio, a causa eficaz de nossa segurança.

Na Igreja primitiva existia um grupo denominados de judaizantes que queriam obrigar os gentios novos-conversos a se submeterem a obediência a lei de Moisés sob pena da perda de sua salvação se assim não o fizessem, ainda que professassem fé em Cristo ( Cf. Atos 15:1). O Apóstolo Paulo escreve no primeiro capítulo de sua carta aos Gálatas, mas especificamente dos versos 6 ao 9 que: (grifo meu) Se alguém pregasse que, para salvação de um pecador era necessário fazer-se mais alguma coisa além da obra que Cristo fez, esta pregação do evangelho era falsa (v. 6) e Amaldiçoada (v. 8-9). Infelizmente temos muitos pregadores malditos no mundo ensinando que para que uma pessoa tenha certeza de salvação ela precisa crer em Cristo e depois fazer a sua parte.

O que leva uma pessoa professamente cristã acreditar que a obra de Cristo não foi suficiente para lhe conceder uma salvação gratuita, imerecida e definitiva?

Ignorância acerca da Graça de Deus para salvação; (Cf. Efésios 2:8-9)
Ignorância acerca da Nova Aliança estabelecida por Deus com Sua Igreja; (Cf. 1 Coríntios 11:25)
Ignorância acerca da obra realizada pelo Espírito Santo desde a operação do Novo Nascimento e a consumação do obra na glorificação. (Cf. Efésios 1:13-14)
Ignorância acerca da doutrina da Redenção; da propiciação e da Expiação oferecidas por Cristo em Sua obra e sacrifício; (Cf. Hebreus 9:12; Romanos 3:24)
Ignorância acerca da Ordem da Salvação, bem como dos tempos das mesmas; (Cf. Romanos 8:28-30)
Ignorância acerca da segurança da Salvação; (Cf. Romanos 8:35-39; João 5:24; Hebreus 10:39)
Ignorância acerca do papel das três pessoas da Trindade na obra da Salvação; (Cf. Efésios 1:4-14; 4:30)
Ignorância acerca da doutrina do Reino dos Céus; (Cf. Mateus 3:2; 10:7; 12:28)
Ignorância acerca da doutrina da Vida Eterna; (João 3:16 e 5:24)
Ignorância acerca da Teologia do Pecado e suas conseqüências; (Cf. Romanos 3:23; 6:23)
Má aplicação ou desprezo dos princípios de interpretação e da exegese bíblicos; (Cf.2 Timóteo 2:15)
Ignorância acerca da Declaração de Fé dos Batistas Nacionais no que diz respeito a Doutrina da Salvação. ( Cf. Manual dos Batistas Nacionais pag. 8; 20;
Insensibilidade ou cauterização de sua mente contra toda a doutrina que enfatize a segurança do cristão. Pois o preconceito que o escraviza, o fará ver esta ênfase como uma doutrina calvinista, e não bíblica: Seu preconceito certamente o cegará para a verdade.(Cf. 1 Timóteo 4:2) (Ler João 5:24)

Por:
Pastor Renildo Ferreira da Silva
Igreja Batista Nacional
Santa Rosa do Sul – SC
1° vice-presidente da CBN-SC
Relator da Comissão de Avaliação de candidatos ao Ministério Pastoral – ORMIBAN-SC
Coordenador do CEFORM – Centro de Formação e Reciclagem Ministerial da CBN-SC