quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

ABORTO: Solução de um Problema ou Homicídio II

Mais uma vez abordamos o fato de que, falar neste assunto em nossos dias e de caráter prioritário visto que existem uma série de circunstâncias que tem contribuído para que este terrível ato se torne cada dia mais aceito e defendido em nossa sociedade. Quais são então esses fatores:

· A morte dos absolutos morais e espirituais na filosofia e nas manifestações culturais no mundo tiraram o referencial moral que podia tolher a prática do aborto.
· A falta de instrução bíblica sólida, franca e clara nas igrejas tem criado campo para que o aborto seja semeado dentro das comunidades cristãs.
· A ausência de vozes proféticas denunciando os pecados sexuais (prostituição, adultérios, fornicações e namoros pecaminosos) tem criado o espaço necessário para que a impureza penetre nas igrejas com as suas conseqüências, entre elas, a gravidez indesejável, com o resultado, quase geral, da prática do aborto.
· A fortíssima propaganda através dos veículos de comunicação de massa que tem incutido na cabeça das pessoas uma atitude de compaixão passiva e tolerante para com a prática do aborto.
· O modismo de certos movimentos, como o feminista, faz com que as mentes esclarecidas calem-se diante da questão do aborto temendo o ridículo de serem taxadas de antiquadas e inadequadas ao modelo cultural e intelectual vigente, caso venham a denunciá-lo como anti-humano.
· A preguiça mental e filosófica de nossos dias, com sua indisposição generalizada quanto à reflexão, faz com que o homem médio e simples aceite os pacotes de informação sem abri-los e examiná-los para ver o seu real conteúdo.

(Caio Fábio - 10-11)

Creio que esta última abordagem caracteriza-se como a que tem trazido muito maiores problemas a uma abordagem crítica contra a prática do aborto. Nossa geração poderia ser caracterizada como a do nissi-miojo; D-Flash; fibra óptica; internet; etc. Tudo tem que ser fácil, rápido e vantajoso.

Por isso vamos desistir de qualquer perspectiva de abordagem tomando como base os conceitos ou pensamentos seculares a respeito da dignidade, pessoalidade e direito de existência de um feto, pois isto torna-se desnecessário porque nem aqueles que estão vivendo debaixo do sol tem visto esses seus direitos serem levados em conta.

Para definirmos a nossa resposta ao aborto, tomaremos como base a seguinte questão: Quem é o Homem? Isso torna-se necessário visto que, em algumas situações um feto é tratado como uma coisa, um monstro; um lixo que tem que ser jogado fora; mas nunca como um ser que tem direito à vida.

Neste estudo levaremos em consideração, utilizando-nos das Escrituras, pelo menos quatro coisas:
1. Quem verdadeiramente está por traz do nascimento ou geração de uma criança no ventre materno?
2. Quando este ser fecundado deve ser tratado como um indivíduo com plenos direitos a sua existência?
3. Como Deus em Sua Palavra vê a prática do aborto?
4. Que posição devemos tomar quanto as manifestações de apoio a esta prática?


I. Quem verdadeiramente está por traz do nascimento ou geração de uma criança no ventre materno?

Nas Escrituras Sagradas - a Bíblia, o ser humano é descrito como formado pelas mãos de Deus desde o ventre:
· Jó.10:9 -
· Jó 31:13,14,15 -
· Sl.94:9 -
· Is.44:2 -
· Is.44:24 -
· Is.49:5 -
· Jr.1:5 -
· Zc.12:1 -
· Sl.139:13, 14, 15, 16 -


II. Quando este ser fecundado deve ser tratado como um indivíduo com plenos direitos a sua existência?

Lc.1:39-43 - Maria estava com no máximo um mês de gravidez quando visitou Isabel. Porém, o que Isabel falou a respeito de Cristo, que era no máximo um ovo no ventre de Maria nos faz formular uma resposta objetiva a esta questão:

a. Primeiro, o "ovo" de quatro semanas é chamado de Senhor. (Lc.1:43)
b. Segundo, o feto João Batista "sentia" aquilo que do exterior mantinha comunicação com a sua mãe. (Lc.1:46) (Houve uma reação pessoal)
c. Terceiro, o feto João Batista podia ficar cheio com o Espírito Santo e Ter profunda alegria interior. (Lc.1:41b e 44)

Na formação do ovo, depois embrião e feto, já se deve reconhecer um novo ser, uma personalidade que não deve ser ignorada. Deus nos conhece (Relação pessoal de intimidade) ainda quando substância ainda informe. (Sl.139:16)
Embriões sentem alegria e depressão e são pessoas que já podem se relacionar com Deus.(Lc.1:41,44)


III. Como Deus em Sua Palavra vê a prática do aborto?

Deus apresenta o aborto em Sua Palavra como um pecado hediondo, o qual, na lei, é apresentado como semelhante ao homicídio e que, dependendo da circunstância em que ocorria poderia levar o culpado à pena capital como punição pelo mesmo.

Ex.21:22,23 -
Aqui é estabelecido o tratamento civil que os líderes de Israel deviam aplicar quando alguma mulher ou alguém se tornasse réu deste pecado.


IV. Que posição devemos tomar quanto as manifestações de apoio a esta prática?

Como já ficou comprovado que estamos lidando desde o momento da fecundação com um indivíduo que, como tal, possui todos os direitos à vida como qualquer outro ser humano que vive debaixo do sol.

Devemos assumir a postura divina que trata o aborto como um crime em pé de igualdade com a homicídio doloso. Portanto, devemos ser totalmente contra qualquer tipo de apoio a este ato visto que, como cristãos, jamais deveremos em hipótese alguma apoiar qualquer tipo de perspectiva que seja contrária a perspectiva divina. O que Deus disse, Ele disse, e acabou-se!

O Aborto nunca poderá ser qualificado como a solução para um problema incômodo e indesejável, mas, sim, como um homicídio cometido contra o único ser envolvido na situação que não pode e nem consegue em hipótese alguma se defender.