quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

OS TRÊS TIPOS DE PESSOAS QUE ENCONTRAMOS NA IGREJA

Texto: 1Cor.2:14-3:1

Temos, antes de tudo, que fazer algumas distinções:

1ª Igreja institucional ou oficial (Denominação)

2ª Igreja Universal (não do Reino de Deus - denominação) Mas a que é formada por todos os crentes que tiveram uma experiência genuína de novo nascimento e fazem parte da família de Deus.

3ª Igreja local que é o ajuntamento de crentes participantes da igreja universal que se reúne em determinado lugar ou localidade.

Uma coisa que temos que entender é que, nem todas as pessoas que freqüentam uma igreja oficial fazem parte da igreja universal, nem todos os que fazem parte de uma denominação realmente passaram pela experiência do novo nascimento, daí vem a nossa proposta de exposição dessa noite.

Antes de falarmos destes três tipos de pessoas devemos trazer a nossa memória uma verdade que não pode ser esquecida neste momento: Não recebemos autoridade de Deus para nos portarmos como juizes e nem o direito de menosprezar aqueles que de alguma maneira demonstram que ainda não receberam a fé verdadeira ou que ainda não alcançaram determinada maturidade em sua caminhada cristã. Devemos ajudá-los a chegar lá.

QUAIS POIS, SÃO OS TRÊS TIPOS DE PESSOAS QUE ENCONTRAMOS NA IGREJA?

1º O Homem Natural. V.14 - (gr. Psuchikos - "da alma").

É o homem não regenerado, que entende as palavras, mas rejeita os conceitos. Tem o espírito do mundo cf.v.12.

É o ser humano sem Cristo, morto em delitos e pecados, apartados da comunhão com Deus, governados pela natureza pecaminosa e, consequentemente pelo Diabo e pelo mundo (conf. Ef.2:1-3; Rm.1:21-32), está apartado da glória (presença) de Deus (Rm.3:23), e está condenado (Rm.6:23; Jo.3:36)

2º O Homem Espiritual. V.15 - (gr. Pneumatikos)

O Espírito nos fornece uma nova capacidade de discernimento (gr. Anakrinetai).
É aquele que julga, avalia, peneira, examina com a intenção de julgar os aspectos espirituais de tudo (cf.v.13). Que se preocupa continuamente com as coisas de Deus (Deus verdadeiro) (Ef.2:11-12). Uma pessoas que tem preocupação com as coisas do seu deus e não o da Bíblia, esta pessoa é um ateu. Ou crê no Deus verdadeiro ou é ateu!

É aquele que faz parte da igreja formada por todos aqueles que nasceram de novo. É aquele que, pelo Senhor foi transformado em uma nova criatura ou nova criação (cf.2Cor.5:17; Ef.2:10. Aquele que foi iluminado pelo Espírito Santo para compreender a mensagem do Evangelho ( Jo.16:8-9), e é continuamente guiado pelo Mesmo(cf. Jo.16:13; 2Cor.4:4-6; 1Cor.2:9). É o ser humano habitado pelo Espírito Santo (Jo.14:17), justificado (Rm.5:1), redimido e remido pelo sacrifício do Cordeiro de Deus (Jo.1:39) e que se tornou participante da vida eterna Jo.3:16-18).

3º O Homem Carnal. (gr. Sarkinois - "humanos")

São assim chamados porque eram nenens na fé.

É o crente imaturo, ou seja, um crente que não possui um conhecimento profundo das Escrituras que o habilite a julgar as coisas retamente, daí, como conseqüência desta ignorância, dará um mau testemunho público em muitas áreas de sua vida.

Nesses aspectos temos que entender que a salvação é um ato que se estabelece de uma vez por todas quando o ser humano crê em Cristo e é alvo do novo nascimento. Já a santificação é um processo que se desenvolve em nossas vidas mediante o conhecimento da Palavra e a ação de Espírito Santo (cf.jo.17:17), por isso pode existir um crente nascido de novo sem dar um bom testemunho por causa de sua ignorância a respeito das Escrituras. Porém, este fato não deve se tornar permanente pois, se assim o for, esta pessoa estará demonstrando que ainda não deixou de ser natural, precisando se tornar espiritual e por um período de tempo, até que tenha conhecimento da Palavra capaz de ajudá-lo a julgar retamente, comportar-se como uma crente carnal.

No texto que lemos no início Paulo faz distinção entre o Natural e o Espiritual para depois situar o Carnal como participante entre os Espirituais. Logo:

· Se somos naturais, precisamos urgentemente entregar a nossa vida a Cristo para sermos alvos de Sua misericórdia e graça, afim de recebermos nossa salvação.
· Se nos tornamos espirituais, devemos entender que a salvação da condenação não é término de nossa vida, mas, o início de uma longa jornada até encontrarmos com o Senhor. Daí é necessário uma busca contínua de aprendizado e luta contra o pecado para que realmente possamos viver em conformidade com a vocação a que fomos chamados (cf. Ef.4:1; Fp.1:27-30), e consequentemente deixar de ser carnal.