quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

GUERRA ESPIRITUAL NA IGREJA

2Cor.10:4-5

de onde vem ou, quais as bases utilizadas nos ensinos sobre guerra espiritual nas igrejas em nossos dias:

· Pelo fato de, em nossos dias Ter havido um crescimento muito grande de movimentos espiritualistas com inúmeras modalidades de espiritualidade, dando muita ênfase ao ensino dual do bem e do mal, de anjos bons e maus, de experiências místicas esotéricas e exotéricas, etc, a ênfase evangélica pode Ter surgida em função de um fenômeno sociológico de acomodação, da acomodação da igreja a esta inclinação do mundo. (Seja assumindo o modismo, ou formulando um meio de combatê-lo).
· A grande ênfase do crescimento do pentecostalismo ensinando a respeito desse combate tendo por um lado o Diabo escravizando o homem perdido e do outro Deus que concede libertação ao perdido.
· A Teologia da Confissão Positiva (Teologia da Prosperidade). Com características puramente gnósticas (outorgando poderes autônomos às palavras, frases e decretações), dualistas (crendo na independência e auto-suficiência dos poderes malignos) e ritualistas ( acreditando na possibilidade de anular os poderes satânicos com gestos, frases ensinadas e orações prontas).

Isso gerou dentro da igreja algumas práticas simplistas, tais como:

· Acreditou-se que exorcizando-se "príncipes territoriais", resolveriam-se distorções sociais.
· "amarrando-se" demônios indevidamente responsabilizados por pecados oriundos da carne, aumentar-se-ia a santidade.

Neste sentido houve um retrocesso na igreja. Jogaram a responsabilidade pela falta de santificação, de disciplina e de mortificação da carne à atuação de Satanás e acreditou-se que bastava anular os seus poderes com palavras de ordem para alcançar vitória espiritual.

PROBLEMAS IMEDIATOS SURGIDOS NA IGREJA PARA SE MANTER ESTAS PERSPECTATIVAS:

1. Distorção das Escrituras - Boa parte do que se ensina sobre guerra espiritual dentro da Igreja é oriundo de uma má interpretação do Texto Sagrado. (Ex.Ef.1:3) Textos do Antigo Testamento são totalmente alegorizados. (Ex.Joel:1:1-4)
2. Várias interpretações diferentes a despeito da realidade ou não da Guerra Espiritual.
3. Paranóia - Alguns enxergam poderes demoníacos em cada objeto de adorno, quadro de parede e logotipo de firmas. Outros assumiram uma posição totalmente contrária a necessidade de ênfase nestes assuntos.

ALGUMAS POSTURAS ERRADAS ASSUMIDAS POR ALGUMAS IGREJAS EVANGÉLICAS QUANTO A GUERRA ESPIRITUAL:

I. Tudo é o Diabo.
II. Não pode dar brecha - Esta, em especial em igrejas que ensinam a possibilidade de perda de salvação, fazendo com que crentes vivam uma vida atormentada vendo na ação do Diabo uma possibilidade de perder a salvação conquistada e mantida por seu grande esforço.
III. Estabelecimento do Folclore pentecostal - Alguns crêem que se escrevermos o nome de Satanás com letra maiúscula ele se torna mais poderoso; ou que o Salmo 91 deve ser lido em toda a expulsão de demônios porque o Diabo teme mais esta porção do que as demais. Já houve casos de pessoas tomarem chá com a página do salmo 91 dentro para se verem livres dos poderes demoníacos.
IV. Entrevista com domônios - é uma prática mais contemporânea nos círculos neo-pentecostais. Usada sem fundamento bíblico e as vezes erroneamente utilizado como base doutrinária para algumas igrejas ( o Diabo tendo oportunidade de ministrar o culto de doutrina é um absurdo) mas é o que freqüentemente tem acontecido. Um Pastor entrevistando uma mulher possessa leva o demônio a ensinar sobre o dever dos crentes pagarem o dízimo, sobre a indumentária que o Diabo gosta que as mulheres usem e sobre o que ele achava daquela igreja.
V. Demônios territoriais - é uma doutrina nova e que tem como fundamento maior o pragmatismo teológico e a interpretação alegorizada das Escrituras. (Crença de que se a terra não for remida as pessoas não aceitarão a mensagem do Evangelho)
VI. O ensino de que verdadeiro crente pode ficar endemoniado ou debaixo de maldição - 1Cor.3:16 e Gl.3:13 ensinam de forma bem clara a contradição deste ensino.

Acreditar nesses ensinos como normas escriturísticas, ao invés de conduzir muitas pessoas a libertação tem as tornado escrevas das heresias e do Diabo na esfera mental (por sofismas).