quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

SER CRISTÃO: Uma Decisão Criteriosa

Texto: Luc.14:25-33


25 Ora, iam com ele grandes multidões; e, voltando-se, disse-lhes:
26 Se alguém vier a mim, e não aborrecer a pai e mãe, a mulher e filhos, a irmãos e irmãs, e ainda também à própria vida, não pode ser meu discípulo.
27 Quem não leva a sua cruz e não me segue, não pode ser meu discípulo.
28 Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar?
29 Para não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele,
30 dizendo: Este homem começou a edificar e não pode acabar.
31 Ou qual é o rei que, indo entrar em guerra contra outro rei, não se senta primeiro a consultar se com dez mil pode sair ao encontro do que vem contra ele com vinte mil?
32 No caso contrário, enquanto o outro ainda está longe, manda embaixadores, e pede condições de paz.
33 Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo.

Vivemos num mundo globalizado. De inter ligações que exigem dos seres humanos tecnologias que tornem suas relações cada vez mais rápidas, simples e fáceis. O homem tem feito de tudo para facilitar as coisas para ele mesmo, diminuir as exigências e tornar assim a sua vida mais tranqüila e, em muitas vezes, descomprometida.

O homem influenciado por este tipo de ideologia ao decidir abraçar o Evangelho, precisa urgentemente sofrer uma mudança radical em sua forma de pensar porque senão vai encontrar sérias dificuldades de adaptação a vida cristã como realmente ela deve ser.

Talvez, influenciado por esta cosmovisão do mundo, muitos pregadores cometeram o desastre de tentar adaptar o Evangelho a cultura mundana de nossa era, criando assim o “Cristianismo Nissi Miojo”: tudo é simples, fácil, rápido, descomplicado e liberal. Porém, neste texto que acabamos de ler vemos que a idéia de Jesus Cristo acerca de nossa participação no Seu Reino não é nada simples, nem fácil, nem rápida, nem descomplicada e nem liberal. A nossa participação no Reino de Deus ou a nossa decisão por Ele deve ser feita sob uma reflexão bem criteriosa a respeito de suas exigências.

No verso 33 vemos claramente esta realidade:

“...33 Assim, pois, todo aquele dentre vós que não renuncia a tudo quanto possui, não pode ser meu discípulo. ...”

Renuncia aqui não significa primariamente o abandono de algo, mas sim, o considerar como mais importante que os princípios do Reino de Deus e o Senhor do Reino.

V.26 – “...Se alguém vier a mim, e não aborrecer ...” – Aborrecer significa submeter completamente tudo, até mesmo a própria pessoa, no compromisso total com Cristo. (cf. 16:13 - 13 Nenhum servo pode servir dois senhores; porque ou há de odiar a um e amar ao outro, o há de odiar a um e amar ao outro, o há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas.)

V.27 – “... quem não leva sua cruz ...” – Levar sua cruz significa consagrar-se inteiramente à causa do Reino, até o martírio se preciso for.

A submissão e a rendição total a cristo deve ser feita em amor que:

1. É maior que a afeição familiar.(v.26)
2. É maior que o desejo de seguir nosso próprio caminho. (v.27)
3. É maior que o amor as possessões. (v.33)
4. É maior que a nossa afeição pelas amizades mundanas. (v.33)
5. É maior que o manter o nosso bem estar. (v.27)

Antes de afirmar-me participante do Reino devo refletir seriamente se estou disposto a arcar com as conseqüência de minha decisão.